A saúde mental dos professores piorou no último ano, e isso não é apenas uma constatação perceptível na rotina da sala de aula, é um fato consolidado que faz colocar um holofote sobre o assunto: precisamos cuidar do bem-estar psicológico dos educadores.
Uma pesquisa realizada no último ano, pela Associação Nova Escola e o Instituto Ame Sua Mente, mostra que esse assunto precisa ser tratado de forma ampla e transparente. Abordando questões relevantes com mais de 5 mil professores e gestores do país, o levantamento constatou que o número de educadores que consideram sua saúde mental “ruim” ou “muito ruim” aumentou em relação ao ano passado: de 13,7% para 21,5%.
Sem sombra de dúvidas, essa situação é muito grave, porque acarreta uma série de problemáticas na vida profissional e pessoal dessas pessoas, refletindo na gestão escolar. Por isso, o Edify traz esse tema para ser desmistificado e abre uma espaço aos docentes para discussão.
O que é saúde mental por definição?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar. Sentindo-se bem, a pessoa é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro e ser mais produtiva.
Essa visão macro é válida para todos os campos da vida, mas ainda há especificações sobre o ambiente de trabalho.
O que a OMS diz sobre saúde mental e trabalho?
Segundo a Organização, as situações de competição são as principais causas de estresse associado ao trabalho. Estatísticas apontam que uma a cada cinco pessoas pode sofrer de algum problema de saúde mental devido ao dia a dia da profissão.
Somado a isso, temos, nesse contexto, o fator pandêmico, que mexeu psicologicamente e emocionalmente com o mundo todo, e isso não seria diferente com os profissionais da educação, categoria que sentiu de perto o terror de ter de exercer o ofício mesmo com tantos receios quanto à transmissão e propagação do vírus.
Além de fatores externos e imprevisíveis, como a questão de saúde pública ou de arranjos econômicos, é importante se atentar para que, da porta para dentro, a unidade escolar não se torne um ambiente tóxico ou favoreça o esgotamento mental.
Chefias autoritárias, exigência crescente de produtividade e falta de comunicação aberta e direta são exemplos de cenários que não têm em vista o bem-estar individual dos colaboradores.
Veja, abaixo, quais sinais são um alerta quando o assunto é saúde mental na educação.
Fatos que demonstram a fragilidade da saúde mental dos professores
Ainda de acordo com a pesquisa da Associação Nova Escola, é possível ver diversos reflexos de como a pandemia afetou a vida do educador, além de outros sintomas sinalizados por profissionais da saúde que devem ser um verdadeiro alerta para os gestores:
- sentimentos intensos e frequentes de ansiedade;
- baixo rendimento;
- cansaço excessivo (físico e mental);
- sentimento de insuficiência e fracasso;
- problemas com sono;
- dores de cabeça rotineiras;
- problemas gastrointestinais;
- dificuldade de socialização e isolamento;
- sensação de tristeza e desesperança;
- aumento do número de faltas e outros afastamentos, incluindo atividades recreativas ou de lazer.
Como lidar com o tema junto aos educadores
O primeiro passo é tornar o local de trabalho um ambiente seguro para falar sobre o tema. Às vezes, uma simples pergunta como “tudo bem com você?”, de forma franca e afetiva, abre uma porta importante para o diálogo. Diante disso, conheça algumas práticas para tornar mais saudável a relação entre educador e trabalho.
Escuta ativa
Essa ação envolve demonstrações claras de interesse no assunto e, em especial, na pessoa que está como interlocutora. É fundamental não só ouvir, mas também escutar, ou seja, estar à disposição para compreender o outro, evitando julgamentos quanto ao que está sendo abordado.
Uma postura calma, mas interativa, assimilando o que foi dito, é o principal.
Rodas de conversa
Além de um bate-papo individual, é possível realizar diálogos de forma coletiva, promover encontros abertos para tratar do assunto, palestras com profissionais da saúde e mobilizações que vão além dos meses temáticos, como setembro amarelo, para fortalecer o ambiente acolhedor preparado para abordar o assunto.
Informação quebra barreiras
Reportagens, pesquisas, dados e tantas outras coisas se tornam aliadas no processo de desmistificação da saúde mental dos professores. Envie materiais relevantes ou mantenha um mural atualizado com essas informações, fortalecendo que o tema tenha um espaço físico dedicado dentro da unidade escolar.
Estímulo da percepção
Muitos olhos voltados a esse problema, sem dúvida, identificam o esgotamento com maior agilidade. Diante disso, fale com os educadores da sua unidade e promova o cuidado coletivo, para que fiquem atentos uns aos outros, e, ao notar qualquer mudança de comportamento, sinalize pessoas que possam ajudar.
Proposição de ajuda
Toda e qualquer forma de ajuda é importante. Muitas vezes, estar disponível já é o suficiente, além disso, toda forma de facilitar a rotina diária do educador é válida. Inclusão de softwares ou materiais complementares, por exemplo, podem atuar como parceiros dos professores, reduzindo a pressão das produções diárias.
O Edify, quando o assunto é bilinguismo, pensa nessas questões. O Edify Play, por exemplo, é a nossa plataforma acadêmica com atividades complementares para os alunos. Esse produto digital possui conteúdos acadêmicos de alta qualidade para todos os programas (Premium, To hack e Essential) e pode ter o uso em sala de aula, diminuindo a carga docente.
Ainda nessa plataforma, temos o Classware e Teacher’s Guide digital, uma ferramenta de apoio ao professor, bem como todas as atividades planejadas para as primeiras semanas de aula.
Facilidade na rotina e diminuição de situação de estresse
Ainda pensando em otimizar a vida docente e reduzir a carga de estresse, o Edify tem outras diversas ferramentas, além de formações exclusivas para os professores.
O Teacher´s Toolkit é mais um exemplo disso. Trata-se de uma plataforma de planejamento e personalização de aulas alimentada pelos nossos professores para diminuir o tempo e a dificuldade desse processo, que, sem o auxílio dessa ferramenta, pode chegar a 4h ou 5h por semana.
Além do planejamento, a ferramenta conta com um suporte de organização por meio do calendário semanal, de acordo com as turmas, bem como com a gestão do tempo de duração de cada aula, com sugestão de atividades para potencializar e incrementar as tarefas e um portfólio online das aulas criadas pelos professores, para que possam otimizar e reaproveitar conteúdos já criados.
Facilitar a rotina de quem está em contato direto e diário com crianças e adolescentes também é manter a saúde mental como prioridade.
Indicação de especialistas
Apesar de todos os esforços para auxiliar o educador, o fundamental é indicar um profissional para uma possível análise. Somente ele poderá chegar a um diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.
Portanto, agora você já sabe 10 sinais de que a saúde mental dos professores da sua escola precisa de atenção e como trabalhar isso dentro da sua instituição.