Você já parou para pensar quantos anos passamos na escola e quão profunda é a influência desses anos em nossa vida adulta, tanto no que concerne ao profissional quanto aos nossos relacionamentos pessoais e inteligência socioemocional? É por causa dessa reflexão que quando conversamos sobre educação com as famílias, o que mais ouvimos é: como escolher a escola do meu filho?
Há muitos fatores para levarmos em consideração, desde metodologias e filosofia da escola até o ambiente escolar, para que ele seja um em que a criança se sinta feliz e confortável para se desenvolver e aprender.
O que considerar na escolha da escola?
Além das necessidades e crenças da família, também é importante conhecer os temas atuais da educação para ser capaz de reconhecê-los na escola e fazer perguntas assertivas durante as visitas de prospecção.
Existem inúmeros fatores a serem considerados quando se busca a melhor escola para o seu filho: observar o espaço físico e a estrutura do local, entender quais são as atividades realizadas ao longo do dia, saber como funciona a alimentação, entre outros aspectos, são passos fundamentais e que discutiremos melhor a seguir.
Entretanto, antes de pensarmos na parte prática dessa procura, é essencial entendermos que a relação família-escola vai muito além de uma relação entre cliente e prestador de serviços.
Diferente de qualquer outra relação, quando deixamos nossos filhos sob os cuidados da equipe pedagógica de uma instituição, estamos confiando àquelas pessoas o ser que mais amamos no mundo.
São muitos os anseios (e, também alguns receios) que os pais depositam sobre os filhos: queremos que se desenvolvam não só cognitivamente, mas também física e emocionalmente; queremos que façam amigos; queremos que se tornem pessoas de bem, que obtenham sucesso profissional e que, acima de tudo, sejam felizes; queremos, resumidamente, ter a certeza de que todas as nossas escolhas contribuíram para que os nossos anseios se realizem e possamos ter, um dia, a sensação de dever cumprido.
A parceria família-escola é essencial
De forma consciente ou inconsciente, sabemos que a nossa missão de educar é compartilhada com a escola. Embora a rotina nos confunda e, muitas vezes, deixemos mais latente a relação entre cliente e prestador de serviços (ora, se é natural que eu possa negociar preços, parece também natural que eu possa negociar notas no boletim e até decisões pedagógicas), é imprescindível lembrar que a escola não é só o local onde nossos filhos passam a maior parte do seu tempo.
Definitivamente, a escola não é só um local. Sendo assim, não existe outra forma de fazer com que essa relação funcione a não ser que ela seja mutuamente pautada no diálogo, no respeito, na empatia e, acima de tudo, na confiança.
Dessa maneira, quando for escolher a melhor escola para o seu filho, leve em consideração todos os aspectos práticos que apresentaremos a seguir, mas sem uma busca obcecada por perfeição.
Lembre-se de priorizar as relações humanas, observe como as pessoas praticam o acolhimento nesse local e tente estabelecer uma relação de absoluta confiança com as pessoas que cuidarão do ser que você ama mais do que a si mesmo.
O que é importante saber antes de escolher a escola que formará seu filho?
1. Observe o ambiente
Quando visitar escolas, observe o ambiente e a dinâmica entre as pessoas. Elas cumprimentam umas às outras nos corredores? Tem um semblante alegre? Parecem ativas e participativas? Desde a portaria até a diretoria, é importante que todos os funcionários estejam satisfeitos com seu trabalho e felizes por estar ali.
Observe também se as mesas estão organizadas, se as instalações estão limpas e se o espaço é adequado para o número de crianças que a escola se propõe a colocar em cada sala. Essas salas devem ser arejadas e bem iluminadas, além de terem espaço suficiente entre as mesas para que o aluno sente e se movimente confortavelmente.
2. Procure ver produções dos alunos
Se quando você entra na escola, sente-se como se tivesse entrado em um hospital, mau sinal. As paredes de uma escola devem estar cheias de trabalhos e exposições dos alunos, e ao caminhar pelos corredores você deve ser capaz de sentir a vida pulsando lá dentro. Uma escola que valoriza o aluno e dá voz a ele inclui suas produções na própria decoração, sentindo orgulho em tornar seu aprendizado visível através da documentação pedagógica.
3. Investigue a valorização do professor
Escola boa valoriza professor, ponto final. Antes de agendar uma visita, procure descobrir se os professores são bem pagos e, no dia da visita, questione a direção sobre como se dá a formação continuada desses profissionais. Peça para conhecer os professores que lecionarão para seu filho e também observe o semblante deles. Eles parecem bem-dispostos? Parecem felizes e engajados com as atividades da escola?
4. Questione a escola sobre políticas de inclusão
Mesmo que seu filho não tenha uma deficiência ou necessidades educacionais especiais, questione a escola sobre suas políticas de inclusão. Por lei, nenhuma escola pode rejeitar uma criança por causa de suas necessidades, mas infelizmente ainda há muitas que dificultam o processo de matrícula desses alunos para que os pais acabem procurando outra instituição.
Fazer isso é um enorme sinal de que a escola não está preparada para aceitar as pessoas como elas são e valorizar a diversidade, fomentando um ambiente em que todos possam desenvolver seus talentos. É um sinal de que a escola pode não aceitar variações e só ver um modelo de aluno como pessoa de sucesso.
Ou seja, independente de necessidades especiais ou não, em um ambiente assim as individualidades de seu filho possivelmente não serão aceitas e a escola não está preparada para lidar com elas, provavelmente rotulando-o como um fracasso se por qualquer motivo ele não se encaixar no padrão estabelecido pela escola como normal. Para mais informações sobre inclusão na educação, recomendamos a Turma do Jiló.
5. Questione a escola sobre a alimentação
Como as crianças passam bastante tempo na escola, algumas durante o dia inteiro, é crucial aprender mais sobre a alimentação que elas receberão. Peça para conhecer a cantina ou o restaurante e verifique se as instalações estão bem higienizadas. Observe também se as pessoas que trabalham lá estão vestidas de acordo com as orientações sanitárias e procure verificar como os alimentos são produzidos e armazenados. Revise o cardápio e busque por opções nutritivas e saudáveis, mesmo que seja apenas no lanche da manhã.
6. Questione a escola sobre suas metodologias
Para que estamos aprendendo isso se não vamos usar nunca? Estou exausto de ficar sentado copiando o dia inteiro. A gente não pode nem abrir a boca que já leva xingão.
Lembra dessas frases? Quando aluno, você certamente as ouviu ou falou, não é mesmo? A boa notícia é que a educação mudou, e hoje é esperado que a criança seja o centro de seu aprendizado, sem mais aulas maçantes e sem sentido, mas colocando a mão na massa para aplicar o conteúdo a soluções reais e de fato vivenciar a experiência de resolver problemas usando o que aprende.
Assim, seremos capazes de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável determinados pelas Nações Unidas (ONU) até 2030. Desenvolver as habilidades e competências necessárias para ser um cidadão do século XXI é, inclusive, uma exigência do Ministério da Educação (MEC) e esse plano de aprendizagem está detalhado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, questione sobre as formas como a escola garantirá o desenvolvimento holístico de seu filho.
Além disso, segundo a UNESCO, toda a criança tem direito aos 4 pilares da Educação, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Questione a escola sobre como suas metodologias permitem esse aprendizado e, posteriormente, envolva-se com os projetos propostos para garantir a participação da família na formação da criança.
7. Procure uma escola com programa bilíngue
Você lembra de quando estava na escola e questionava como era possível termos aulas de inglês por tantos anos e não sair de lá sabendo a língua fluentemente, enquanto que em outros países isso era perfeitamente possível? Hoje, seu filho pode sair da escola sabendo inglês sem que você tenha que buscar cursos extras e pensar na logística de levá-lo e buscá-lo. Para isso, procure uma escola que conte com um programa bilíngue.
Estar em um programa bilíngue é muito mais do que fazer um curso de inglês, já que o aluno adquire a língua de forma muito mais natural e imersa, garantindo um aprendizado mais profundo e efetivo, que se reflete em todo seu processo cognitivo.
No Edify, além de trabalharmos com tudo isso, ainda oferecemos os exames de proficiência de Cambridge durante a vida escolar do aluno que abre portas para ele em todo o mundo.
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Autor: Marcela Nesello
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