A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) compila e normatiza todos os conteúdos essenciais aos quais os estudantes da Educação Básica devem ter acesso, bem como as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas. Nesse sentido, por regular o sistema educacional, um ramo que requer alterações, conforme as demandas culturais e sociais emergentes, a Base passa por constantes mudanças.
Nos últimos anos, em especial, de 2019 a 2021, devido aos muitos fomentos gerados pelo referido documento cujos reflexos podem ser sentidos no cotidiano da educação, deu-se, também, a necessidade de entender que tipo de mudança a BNCC trouxe para a prática do professor em sala de aula, assim como para os gestores de instituições de ensino.
Desse modo, compreenderemos um pouco mais o assunto por meio deste conteúdo preparado pelo Edify, a fim de que você possa conhecer e assimilar essas transformações que são extremamente significativas para as escolas regulares. Confira!
As mudanças trazidas pela BNCC para o professor
Aquela imagem tradicional de uma figura central pertencente aos docentes, aos poucos, tem sido modificada. Pensemos na revolução tecnológica e na rapidez do desenvolvimento infantojuvenil enquanto molas propulsoras da nova postura que professores devem assumir em sala de aula.
Assim, vejamos, a seguir, algumas das transmutações geradas pela Base Nacional no que tange à atuação pedagógica.
1. A BNCC enfoca o protagonismo do aluno na jornada de aprendizado
Façamos um teste: pense em como os seus avós aprendiam, agora, mentalize como a atual geração aprende. Existe uma diferença astronômica entre ambas, não é mesmo?
Esse é um exercício básico de se fazer a fim de notar que o processo de aprendizagem não apenas mudou, mas enfrentou uma completa revolução ao longo dos anos. Antigamente, as pessoas tinham poucas e específicas formas de adquirir conhecimento, e uma delas era a escola.
Enquanto agente principal e responsável pela transmissão de informações essenciais à aprendizagem, o docente era o protagonista de toda a rede de ensino, enquanto os alunos se mantinham em postura passiva e o processo de decorar era muito enraizado na prática escolar.
Com a nova proposta trazida pela BNCC, a autonomia e a acessibilidade passaram a ser aliadas do conhecimento e os estudantes passaram a exercer papel crucial em suas próprias jornadas.As mudanças trazidas pela Base serviram para intensificar o protagonismo dos discentes na construção do saber, por meio das metodologias ativas de ensino. Por outro lado, a função do professor passou a ser desempenhada de forma muito mais mediadora.
2. Aptidão do professor em explorar as tecnologias digitais em aula
A lista de benefícios que a tecnologia promove na educação é extensa, justamente por isso, o documento normativo em questão aponta que cabe aos professores incluir, de maneira eficaz, os meios tecnológicos nas aulas.
De acordo com a BNCC, o propósito é possibilitar a compreensão, utilização e criação de tecnologias digitais, tanto de informação quanto de comunicação, de modo crítico, reflexivo, significativo e ético nas diferentes práticas escolares. Dessa forma, torna-se possível conectar, transmitir e expandir conhecimentos e solucionar problemas.
3. O ensino bilíngue passa a ser visto como prioridade
Muito além de uma disciplina obrigatória desde os últimos anos do Ensino Fundamental e recomendado desde os seus primeiros anos, convém que o ensino bilíngue seja devidamente contextualizado, levando-se em consideração a sua relevância para a vida prática dos estudantes.
Assim, estabelecer uma interface entre o ensino da língua inglesa e a utilização das demais disciplinas é encontrar uma excelente ferramenta na interdisciplinaridade para a promoção do desenvolvimento cognitivo e a vivência de experiências plurais.
O que a Base normatiza a respeito do ensino bilíngue é o desenvolvimento de competências e habilidades, ou seja, que a aprendizagem do idioma inglês seja feito da mesma maneira que se dá o ensino da língua materna.
Dessa forma, é importante haver práticas rotineiras, amplo espaço para debates e reflexão e, em especial, a visão que preconiza a sua real importância.
Assim sendo, é possível elencar algumas das competências trazidas pelo documento naquilo que toca o ensino da língua inglesa, e são elas:
- ter um conhecimento aperfeiçoado;
- estabelecer comparações entre o idioma pátrio e o inglês;
- explorar os recursos digitais na comunicação bilíngue;
- ampliar a noção multicultural;
- desenvolver habilidades de oralidade, escrita e leitura do idioma adicional.
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As mudanças trazidas pela BNCC para o gestor escolar
E não apenas os docentes foram contemplados com as modificações das normas referenciadas, aqueles agentes que ocupam cargos de gestão nos colégios também possuem recomendações específicas.
Dessa forma, coordenadores, diretores e mantenedores devem se atentar aos seguintes pontos:
1. Atualização do planejamento escolar e do projeto político pedagógico
Considerando que a atuação dos professores em sala de aula vem passando por transformações, o planejamento escolar também deve ser revisto e o mesmo deve valer para o Projeto Político Pedagógico (PPP).
A forma como diretores e docentes estruturavam as aulas não deve ser replicada em sua totalidade atualmente. Além de inserir as tecnologias digitais, por exemplo, convém que tracem planejamentos que atendam às diferentes necessidades dos estudantes e que os coloquem em uma posição determinante no processo de aprendizagem; frente a isso, por meio do PPP, é possível estabelecer o plano escolar ideal.
2. Novas formas de avaliação devem ser consideradas
Outro fator que também deve ser alterado é o formato de avaliação, pois, se o processo de aprendizagem é modificado, consequentemente, o procedimento avaliativo também deve ser.
Nesse sentido, a BNCC recomenda a construção e a aplicação de avaliações formativas, tanto de processo quanto de resultados, sempre considerando os contextos nos quais se deu a aprendizagem e as referências, a fim de se melhorar o desempenho escolar. Em termos gerais, o documento frisa a importância de avaliações globais.
Além disso, deve haver intencionalidade nos processos educativos, em que estes estejam sintonizados às necessidades dos estudantes, mediante um enfoque integral que deve ser direcionado aos discentes, a fim de promover o seu desenvolvimento cognitivo.
3. Material didático adaptado às diretrizes da BNCC
Enfim, há a premente necessidade de se adaptar o material didático às regras estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular.
Para tanto, é importante explorar as novas tecnologias, as atualizações e a relevância dos temas, os campos de retenção de atenção dos estudantes e os formatos gráficos mais práticos e intuitivos.
Bem, ciente das mudanças geradas pela BNCC, tanto para os docentes quanto para os gestores, agora, você já sabe quais alterações devem ser feitas para respeitar as normas educacionais, bem como para aperfeiçoar os serviços de ensino da sua escola.
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Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2021.