O uso do inglês está cada dia mais presente, tornando-se fundamental para uma participação social em nível global. Desta forma, a língua é um meio de inclusão não somente acadêmico, mas também social. Para que o aluno com necessidade educacional especial possa obter sucesso em aprender uma segunda língua, é necessário que exista um empenho diferenciado na forma de se ensinar.
Sendo assim, a educação inclusiva necessita de algumas mudanças significativas e trabalhos coletivos para que a inclusão desse aluno na escola seja feita de forma apropriada.
Como posso estimular o ensino da segunda língua para meu aluno com necessidade educacional especial?
Ao contrário do que muitos pensam, o ensino de uma segunda língua deve ser encorajado como uma forma de ajudar no desenvolvimento do estudante, já que estimula a neuroplasticidade e traz a satisfação em aprender algo novo. Com as adequações e adaptações necessárias, respeitando o nível e o tempo de cada um, é possível obter sucesso ao ensinar inglês para um aluno com necessidades educacionais especiais.
Porém, no mundo acadêmico, pouco é encontrado quanto ao ensino de uma segunda língua para o aluno com necessidades educacionais especiais, mesmo nos dias de hoje. Após muito avanço no exercício do direito à inclusão do aluno com deficiência, ainda existe uma segregação quanto à sua capacidade em aprender um novo idioma. Devemos ressaltar nos debates educacionais que, para que o estudante possa ser incluído de forma íntegra e verdadeira, precisamos pensar em formas de ensiná-lo também a disciplina de inglês, que faz parte da grade curricular do ensino regular.
Após algumas leituras, foi notável que o ensino colaborativo tem sido muito eficaz quando se trata de inclusão. O que caracteriza a perspectiva dessa metodologia é o fato de ter dois professores dentro da sala de aula avaliando e trabalhando com os alunos. Por isso, também podemos nos referir a esta estratégia como co-ensino ou bidocência.
A principal ideia do ensino colaborativo é que, em algum momento, o professor de educação especial possa reger uma atividade coletiva e o professor regular possa acompanhar o aluno deficiente, podendo assim avaliar seus progressos e suas necessidades.
Quais são os principais entraves desse tipo de ensino?
A maior dificuldade encontrada ao inserir um aluno de inclusão em sala de aula é a necessidade de ter um desenvolvimento individualizado em um contexto coletivo. Mas, vale ressaltar que este atendimento individualizado do aluno deficiente em questões de planejamento e adaptações também favorece o grupo como um todo.
Uma atividade adaptada com o uso de imagens, por exemplo, pode auxiliar também o aluno que estava com dificuldades no assunto, principalmente se tratando de uma segunda língua, em que muitos estudantes sem necessidades educacionais especiais também encontram dificuldades.
Deve-se ressaltar que nem sempre o professor consegue atender a demanda da sala toda em conjunto com o aluno deficiente e sem o apoio de um mediador. Isso pode atrapalhar o seu trabalho e prejudicar o desenvolvimento da turma.
A ideia de individualização tem como proposta adaptar o ensino de forma com que o aluno possa também vivenciar o que os demais alunos experienciam, mas da forma mais adequada para ele. É importante mencionar que o professor de educação especial deve circular por toda a sala e interagir com toda a turma, não demonstrando exclusividade do aluno deficiente, para que isso não acabe gerando uma exclusão dele.
Trabalhos feitos em duplas também são uma saída interessante, pois incentivam a autonomia e socialização dos alunos de forma ampla, trazendo assim uma forma inclusiva dos alunos trabalharem e neste momento os professores podem avaliar outras questões além do conteúdo proposto.
É notável que existe uma preocupação quanto à inclusão do aluno com deficiência, mas na nossa realidade educacional atual, o ensino da língua inglesa para esse estudante não é considerado uma prioridade. Nesse contexto, é preciso investir na utilização de metodologias apropriadas para que se alcance um resultado positivo em seu aprendizado.
Flavia Liliane Rubin
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