No Brasil, o conceito de internacionalização já existe há algum tempo nas instituições de Ensino Superior, e apesar de termos evoluído bastante nesta direção, ainda existe um espectro bastante amplo de instituições no que tange às iniciativas de internacionalização.
Com a tendência recente de escolas regulares desenvolverem programas bilíngues, inicia-se um movimento na direção da internacionalização das escolas. (Vale a pena esclarecer que o que estamos considerando aqui não se refere necessariamente à escola tornar-se uma escola internacional).
A motivação para esse movimento é justificada pedagogicamente quando estamos orientados pelo desejo de expor nossos alunos a uma interação maior com a comunidade internacional para troca de experiências, mas também com a intenção de oferecer um leque mais amplo de oportunidades: mais países, mais cidades, mais universidades e, consequentemente, mais oportunidades de vida.
Considerando que implementar um programa bilíngue na escola é o primeiro passo para esse processo, acreditamos em um tripé essencial para oferecer aos alunos um programa internacional consistente:
- • (i) Currículo;
- • (ii) Programas de Vivência Internacional e
- • (iii) Certificações Internacionais.
O currículo de internacionalização nas escolas
O currículo de internacionalização corresponde ao roadmap de desenvolvimento de competências e habilidades necessárias a esse aluno para viver uma vida plena, seja no Brasil ou no exterior. Para tanto, é clara a importância de um currículo que valorize o desenvolvimento das habilidades linguísticas associado ao currículo brasileiro: um programa bilíngue, ao curso de toda a formação do aluno, da Educação Infantil ao Ensino Médio, é o primeiro passo.
O próximo desafio é conseguir preparar o estudante, não apenas linguisticamente, mas com as competências e habilidades necessárias para uma jornada global. Isso significa desenvolver no aluno a consciência das particularidades culturais, além de equipá-lo para lidar com a resolução das demandas complexas da vida cotidiana, sejam elas acadêmicas, profissionais ou pessoais.
Com isso em mente, não podemos focar apenas na entrega de conteúdo, buscamos um parceiro internacional que contasse com um currículo diferenciado para nossos alunos de Ensino Médio. Junto a ACT, organização não-governamental americana com uma proposta de educação holística, trouxemos para o Brasil um currículo que permite uma experimentação da vida universitária, desenvolvendo especialmente a autonomia para o estudante realizar seus projetos de vida simultaneamente à prática da língua inglesa.
Programas de vivência internacional
Vale também ressaltar a importância de se oferecer um momento de culminância e realização pessoal para nossos alunos ao mesmo tempo em que são preparados para essa experiência no exterior. Oferecer um programa de curta duração fora do Brasil é uma das melhores oportunidades para que os alunos passem por uma versão da vivência que teriam ao cursar uma universidade no exterior, além de permitir que desenvolvam, na prática, consciência do seu progresso na língua e do que ainda precisam desenvolver.
Existem diversos modelos de experiências internacionais desenvolvidas para atender às necessidades de cada aluno. No nosso caso, acreditamos que o programa relevante para alunos que estudem em uma escola com programa bilíngue é um em que o currículo seja o mesmo que é oferecido aos alunos nativos.
Nesse contexto, os Summer Programs de grandes universidades permitem que os alunos escolham temáticas que os agradem, interajam com diferentes grupos e sejam expostos a diferentes estímulos. As opções são abundantes, como Politics and International Relations, Design, Economics, Photography e Sketching, e conseguem engajar nossos alunos em uma jornada de autoconhecimento, confiança e cidadania.
Certificações internacionais
É essencial que esse aluno tenha essa jornada reconhecida, e não apenas pelos seus pares, professores e responsáveis, mas por instituições internacionais de renome. Conhecendo o esforço e dedicação necessários para se conquistar elevados níveis de proficiência linguística, estas instituições podem reconhecer que esse aluno teve motivação, resiliência e autoeficácia para trilhar esse caminho.
Os certificados são diversos. Alguns atestam a proficiência linguística, assim como os certificados de Cambridge que aplicamos em nossas escolas parceiras, mas quando falamos de um programa de internacionalização, a proficiência linguística não é a única habilidade exigida. Precisamos conseguir avaliar se o aluno está preparado com as habilidades e competências necessárias para uma vida de desafios pessoais, acadêmicos e profissionais.
Para tanto, as avaliações devem ser construídas para medir essa evolução do aluno, como são realizadas no Edify College Prep. Assim, são reconhecidas as experiências vividas que desenvolveram nos alunos sua autonomia, autoconfiança, trabalho em equipe, comunicação e criatividade na resolução de problemas. É por isso que esse diploma é reconhecido em universidades do mundo inteiro com equivalência de créditos universitários.
Esse movimento de internacionalização das escolas regulares já aconteceu em outros países da América Latina, em especial no México, onde muitas escolas oferecem o IB Program (International Baccalaureate), AP Programs e currículos como o nosso, em parceria com a ACT.
No Brasil, especialmente no contexto do Novo Ensino Médio, vamos observar uma tendência de inserção de programas como o Edify College Prep no currículo das escolas. Quem ganha são os nossos alunos, que serão expostos a cada vez mais oportunidades de vida, seja no Brasil ou no exterior!
Autor: Marina Dalbem
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