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O Cérebro Emocional e o Ensino

HUB18, evento de educação, promovido pelo Edify, trouxe muito aprendizado e novidades para quem esteve presente. Com o propósito de discutir as principais tendências sobre o mercado de educação, o HUB18 cumpriu seu papel e deixou um grande legado.

Grandes personalidades do universo acadêmico estiveram no evento e contribuíram para que fossem dois dias de muita inspiração. Guilherme Pacheco, professor e Coordenador Acadêmico Sênior, fez uma incrível palestra sobre O Cérebro Emocional e o ensino.

A palestra foi bem completa e enriquecedora. Confira o resumo da apresentação do Guilherme no hub18!

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O que o cérebro Emocional tem a ver com o ensino

Nos últimos 10 anos, professores, administradores e pesquisadores em Educação lideraram uma série de mudanças educacionais que se enquadram em duas grandes áreas do conhecimento: a Neurociência e os chamados 4 Cs da Educação.

Nossa educação ainda é muito fundamentada na aquisição de conhecimento, ou seja, no cérebro “cognitivo”.  A educação do século XXI, anula necessariamente o afetivo e o psicomotor.

Deste ponto de vista, é interessante, por exemplo, ver as escolas americanas ensinando mindfulness (a arte da atenção plena) a crianças de 4 ou 5 anos. Um educador antenado também deveria se perguntar:

“O que aconteceu com estas crianças para que tivessem desaprendido a respirar em quatro ou cinco anos de vida?”

Outra perspectiva interessante sobre o cérebro nos é dada por Daniel T. Willingham. Daniel é um psicólogo americano e escreve sobre escolas e sobre a falta de interesse de crianças por elas. Ele se pergunta:

“Quais seriam as condições cognitivas para que se dê a aprendizagem?”

O que parece estar explícito na teoria de Willingham é que pensar (educar / instruir) requer um esforço extra da mente e corpo.

Do ponto de vista educacional, o pensar é uma função executiva que precisa ser desenvolvida. Entre as chamadas funções executivas estão: a organização, a metacognição, o gerenciamento de tempo, o planejamento, bem como o controle emocional.

O que a neurociência mostra muito bem para todos os educadores é que não nascemos com estas funções prontas. Por muito tempo, nossos pais ou cuidadores primários são nossos “cérebros auxiliares”. Professores de crianças têm que entender que parte da responsabilidade de ensinar inclui também ajudar estas crianças a desenvolverem estas habilidades, ou seja, pensarem também na neuroeducação.

Anos de experiências como professor e psicoterapeuta não deixam dúvida: a sala de aula é um ambienteintensamente emocional. Nossa habilidade de pensar está enraizada na experiência física. O processo ensino-aprendizagem é suficientemente complexo para que as emoções sejam deixadas dentro de mochilas num canto da sala de aula, enquanto a aula acontece.

Autor: Guilherme Pacheco


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